domingo, 31 de julho de 2016

   A palavra de Deus deste domingo vem nos
mostrar a vida humana imersa nas realidades
temporais. O livro do Eclesiastes questiona a    
correria diária em prol do acúmulo que sempre
fica para o herdeiro que nada esforçou-se por
tais bens adquiridos com tanto suor. Qual o
sentido do trabalho de sol a sol, a ponto de
levar as preocupações do trabalho para o leito
e não conseguir repousar? Ao olhar esse texto,
parece-nos que foi escrito para nós, que vivemos
no século XXI imersos nas mesmas questões.
   Jesus, ao ter interpelado por alguém da multidão
preocupado com questões de herança, respode
com firmeza, alertando para o perigo que a ganancia
pode trazer àqueles que pensam que é no acumulo de
bens que consiste a vida de uma pessoa.
   A parábula com a qual Jesus finaliza essa exortação
não que ir contra o trabalho e a reserva necessária
para a subsistência. Mas o enfoque está na ganancia
de ter sempre mais e não partilhar do fruto do trabalho.
Jesus chama o homem da parábula de louco, pois não se
preocupa  com a dimensão espiritual da vida que o levaria
a partilhar e a pôr a segurança em Deus, e não nos bens.

Vivemos numa sociedade capitalista. Quem tem poder
aquisitivo, sempre busca acumular mais. Para aqueles
que vivem a margem do sistema, resta a luta incansavel
e estressante para ter o mínimo necessário para a subsistência.
Em ambos os casos a vida perde o verdadeiro sentido. Os que
tem não partilham; os que não tem gastam suas vidas tentando
se sustentar no trabalho de sol a sol, sem ter o que deixar para
os seus descendentes.
   Paulo nos convoca a ver a realidade a partir de Cristo, o Novo
Homem que venceu a exploração para implantar o reino de Deus
que promove a justiça. deixar o homem velho para reverti-se do
homem novo significa mudar radicalmente o modo de relacionar-se
na Comunidade, sem descriminação e apego aos caprichos que
trazemos no coração.  
   Revistamo-nos do Homem Novo, Jesus de Nazaré! Ele nos ensina
a nos colocarmos nas mãos do Pai para vivermos essa vida na partilha
e na união, sem se deixar levar pela ganancia que nos cega, impedindo-
nos de conviver como irmãos.

(Pe. Anísio Tavares)       

sábado, 16 de julho de 2016

Nossa Senhora do Carmo

 
  Nossa Senhora do Carmo, que deixastes o Santo Escapulário
como sinal do vosso amor e proteção.
  Sois  reconhecida como assistência na vida e consoladora amável         
na hora da morte,eu, vosso filho e devoto, pronto a Vós servir, disposto
a Vos amar, me apresento a Vós e faço o meu pedido:

  Nossa Senhora do Carmo, nunca se ouviu dizer que alguém necessitado,
tendo recorrido a vós, tenha ficado desamparado.
  Com confiança Mãe do Escapulário, intercedei junto ao Vosso Filho
Jesus Cristo,por mim, por aqueles a quem devo rezar sempre e por aqueles
a quem se confiam as minhas orações.
  Mãe Amável, sede nos propicia e rogai por nós a Deus, para que sejamos
dignos das promessas de Cristo.
Nossa Senhora do Carmo, Rogai por nós.
 Mãe do Escapulário, Rogai por nós.

domingo, 3 de julho de 2016

São Pedro e São Paulo


  A celebração da Festa de São Pedro e São Paulo
nos remete aos primórdios da vida cristã.
 Pedro conviveu com Jesus, do qual recebeu a
missão sublime de ser a rocha firme do edificio
da fé cristã. Paulo foi o missionário ardoroso e destemido,
que rompeu barreiras culturais e religiosas para levar
o cristianismo ao mundo pagão.
  A fé em Jesus e a comunhão marcaram a vida desses
dois homens. Conversaram entre si, discutiram pontos
importantes da fé e, juntos, são considerados as colunas
mestras de nossa Igreja.
  Celebramos hoje o dia do Papa. Na fidelidade a Cristo
e na doação incansável pela Igreja, ele nos condus na caminhada
de fé  como sucessor de Pedro.
  Ainda hoje, Cristo nos questiona sobre quem ele é para cada um
de nós. Unidos na fé com o Papa, também nós queremos estar
em comunhão com o Pai do céu e ser fiel à nossa resposta a Jesus.
 A exemplo de Paulo, derrubemos as barreiras, vençamos os
obstáculos e esforcemo-nos para ligar todas as pessoas à
riqueza do Evangelho.
Que o Senhor nos liberte das prisões do comodismo e da indiferença,
e nos envie como discípulos ardorosos da Boa Nova do Evangelho
 a todos os povos. Não tenhamos medo. O Senhor continua cami
nhando conosco e nos dando a sua força.

(Pe. Anísio Tavares)